UNITOM, de Paulo Cunha Ribeiro, empresário do Ferro.

A empresa Unitom continua a aguardar resposta a um projecto que pretende desenvolver na campina de Idanha a Nova e no concelho de Penamacor de aproveitamento do tomate para a indústria. Um projecto de 18 milhões de euros que segundo o empresário Paulo Ribeiro "vai revolucionar o sector na Beira Interior Sul".
Este é um dos vários projectos que a empresa pretende desenvolver na região onde já adquiriu 400 hectares de terreno para olival e pretende construir um lagar. O problema é que "uma empresa não pode sozinha revolucionar o sector agrícola e agro industrial de uma região, a não ser que me dêem os 100 milhões de euros que deram aos senhores de Vila do Conde para falirem no dia seguinte".
A Unitom, sediada na zona industrial do Fundão, nos últimos 5 anos facturou mais de 110 milhões de euros. Mas a empresa do sector agro industrial que comercializa derivados do tomate, concentrados de fruta e azeite, não comprou um euro de matéria prima na região "porque na Beira Interior não há indústria transformadora que possa fornecer à Unitom mercadoria em quantidade, qualidade e preço necessário para o mercado internacional". A Unitom exporta 98% da produção e o empresário deixa um exemplo, "nós exportamos por ano entre 400 a 500 toneladas de azeite, qual é o lagar da região que me pode vender pelo menos 300 toneladas?"
Para Paulo Ribeiro, o que faz falta à região "é uma coordenação entre as entidades políticas, associações de produtores e indústria para que se possa criar um cluster que agregue os agricultores na parte produtiva, os industriais na transformação e a parte financeira e comercial que se ocupe da exportação, sem essa união não temos capacidade para exportar".

Noticia retirada da RCB